Nem só de teoria vive a formação musical. Foi o que mostraram os acadêmicos da Licenciatura em Música da Uniplac durante o VI Seminário do curso, realizado nesta semana, no Auditório MidLages. O encontro reuniu professores e estudantes em uma série de apresentações que uniram emoção, ritmo e movimento, abordando temas como a relação entre música e emoções e atividades corporais com bambolês, que exploraram a musicalidade através da expressão corporal.
O professor André Chiomento destacou o seminário como um espaço importante de integração e aprendizado prático. “Esse momento é muito interessante para os acadêmicos, pois oferece vivências fora da sala de aula. O curso busca novas temáticas que muitas vezes não estão contempladas no currículo. É uma boa oportunidade de trabalhar outros aspectos da formação, como o das emoções”, comentou.
Para o docente, o evento também ajuda a equilibrar técnica e sensibilidade no processo formativo. “O rigor acadêmico exige avaliações técnicas — afinação, tempo, ritmo —, mas momentos como este seminário permitem trabalhar a expressividade e a sensibilidade, que também são essenciais na formação do músico.”
Entre os alunos que se apresentaram, o acadêmico Pery Bohrer, da oitava fase, abordou o tema “Caminho Musical das Emoções”, refletindo sobre o papel da arte na vida das pessoas. “Quando falamos em música, geralmente pensamos em som, ritmo e harmonia, mas ela é muito mais do que isso. A música desperta emoções, traz lembranças e está presente em todos os momentos da vida. Não existe vida sem trilha sonora”, afirmou.
Durante o seminário, foi possível observar a diversidade de propostas e interpretações artísticas. Além do enfoque emocional, os estudantes exploraram ritmos, corpo e movimento, com performances que incluíram dança com bambolês e outras linguagens expressivas que dialogam com o ensino musical.
Encerrando sua fala, Pery relembrou um momento marcante de sua trajetória. “Meu primeiro troféu, em um concurso de violão, foi muito especial. Aquela conquista me mostrou o quanto a música é importante na minha vida.” E deixou uma mensagem aos novos estudantes: “Quem cursa música, cursa por amor. Se tu gosta de música, segue esse caminho. A gente ouve muito sobre o tabu de ser músico, mas acho que é preciso deixar a paixão transcender acima de tudo isso.” As apresentações encerraram uma noite de partilhas e reflexões sobre o ensino da música e suas múltiplas expressões — uma mostra do quanto a prática artística pode dialogar com emoção, técnica e movimento dentro da universidade.
Fotos https://photos.app.goo.gl/cXryHkj76vMHbqjk6
Texto: Augusto Furtado e Eliel Guedes / Fotos: Augusto Furtado / CNU – Central de Notícias Uniplac / Publicado dia 06/11/2025