Atividade envolve todas as fases do curso e propõe soluções urbanas voltadas à economia solidária e ao uso coletivo do espaço
Em meio ao vai e vem de ônibus e ao fluxo intenso de pedestres, a Praça Vidal Ramos Sênior, no coração de Lages, se transforma em um laboratório de ideias. É lá que os acadêmicos de Arquitetura e Urbanismo da Uniplac desenvolvem, a partir desta segunda-feira (01/09), propostas de requalificação desse espaço público. Com o tema “Vila das Artes: produtos manuais e souvenirs”, a integrativa deste semestre desafia os estudantes a pensar soluções arquitetônicas que unam economia solidária, valorização cultural e planejamento urbano.
Os acadêmicos, organizados em equipes compostas por diferentes fases do curso, desenvolvem em poucos dias propostas de anteprojeto a partir de um programa de necessidades. O formato promove integração entre iniciantes e veteranos e busca reproduzir a dinâmica do trabalho coletivo na arquitetura. “A arquitetura não se faz sozinha. O processo é sempre multidisciplinar e o arquiteto precisa saber permear entre diferentes áreas e trabalhar coletivamente”, afirma a coordenadora do curso, Kareenn Diener.
A atividade também mantém como característica a aproximação com demandas reais da comunidade. Em edições anteriores, os estudantes já elaboraram projetos para a Associação dos Deficientes Físicos. Agora, o desafio está em propor soluções que unam economia solidária, valorização cultural e uso do espaço público. “O objetivo é trazer respostas para problemáticas sociais, ambientais e econômicas, discutindo em grupo as melhores opções de acordo com as necessidades e o orçamento”, explica a professora Francine Malinverni Freitas.
Os trabalhos em andamento incluem a concepção de módulos para abrigar ateliês e pontos de venda, conciliando a atividade comercial com a convivência em um espaço central da cidade. “A questão é como fazer esse espaço suprir as necessidades das artesãs e, ao mesmo tempo, continuar sendo um ambiente agradável para diferentes públicos”, completa Francine.
Segundo Kareenn, a integrativa funciona também como instrumento de avaliação da formação acadêmica, servindo como indicador da evolução dos alunos. “É um processo de excelência, no qual os estudantes transformam uma ideia em objeto arquitetônico. Todas as competências necessárias para o futuro arquiteto estão sendo trabalhadas na integrativa”, destaca.
As propostas serão apresentadas nos próximos dias e avaliadas pela equipe docente, consolidando a integrativa como um exercício que une prática acadêmica, trabalho coletivo e compromisso social.
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Repórter: Artur Miranda / Fotos: Luana Moraes / Agencia de Notícias Uniplac (CNU) / Publicado dia 02/09/2025.